REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA – Talvez, o maior de todos os erros do leitor da Bíblia, é acreditar que não precisamos estudar para entender os textos Sagrados. Dizem eles, que o Espírito Santo interpreta a Bíblia para nós. Tem alguma veracidade nisto? A resposta é não, este é um argumento falacioso!

Se é o Espirito Santo que interpreta a Bíblia, então, Ele é o Autor e Pai de todas as heresias e das Seitas. Eis a pergunta: se existe apenas uma Bíblia, por que há milhares de vertentes do cristianismo? Por que o corpo de Cristo se fragmentou desordenadamente e assustadora?

Para piorar, são entendimentos excludentes, ou seja, não podem todos estarem certos em simultâneo. Se por um lado alguém reivindica estar certo, o outro, deve estar errado. Mas, quem está certo?

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA

Devemos afirmar conforme a Bíblia que o Espírito Santo não a interpreta. O leitor lê e interpreta segundo as ferramentas que possui para a interpretação. O Espírito Santo estará junto fazendo lembrar, o que você estudou.

Conhecendo as Regras

Caro amigo leitor! Seja diferente! Conheça as regras de estudo da Bíblia e evite interpretações equivocadas. Não seja um disseminador de heresias por falta de conhecimento.   

REGRA DO AUTOR

A primeira regra para seu êxito no estudo da Bíblia é conhecer o seu autor. O Autor é Deus. Você o conhece? Conhecer alguém no sentido estrito da palavra não é apenas ter contato, ser apresentado ou cumprimentado por alguém, é ter intimidade, amar, andar ou conviver, enfim, comungar com este alguém: João 14:21-23; 17:3.

Perguntamos mais uma vez: você conhece o Autor da Bíblia? É Ele o seu Salvador, Senhor e Mestre? Se não conhecemos o Autor da Bíblia, estaremos desqualificados para o estudo e compreensão da revelação divina.

Sem conhecer o Autor, tudo é difícil na Bíblia! Esse conhecimento deve ser constante: Oséias 6:3; João 14:20. De fato, a real compreensão da Bíblia depende do nosso crescimento espiritual diante do Senhor: Marcos 4:33; João 16:12-13; Hebreus 5:13-14. Textos sobre a regra do Autor: Lucas 24:27-45; Atos 16:14.

REGRA DA LEITURA SISTEMÁTICA

Trata-se de uma leitura contínua e plena da Bíblia. Se o leitor não ler a Bíblia seguidamente e total, não se queixe de não a compreendê-la. Como o leitor pensa compreender um livro que nem sequer leu-o todo ainda? Não estamos falando aqui da leitura bíblica devocional, esta que se faz em nossos momentos a sós com Deus, dedicados exclusivamente à devoção e comunhão especial com Ele.

Não precisamos discorrer sobre a leitura devocional, já que deve ser parte integrante da vida espiritual de cada filho de Deus. Em se tratando de leitura da Bíblia como tal, dois métodos de estudo bíblico lhes estão propostos: o sintético e o analítico.

Método Sintético

SINTÉTICO: considera cada livro ou a Bíblia inteira na totalidade. É através de tal método que se observá as divisões naturais de cada livro, bem como o seu desígnio específico. O estudante da Bíblia deve ler cada livro várias vezes sem interrupção de modo a familiarizar-se de sua síntese.

No método sintético não se faz pausa para estudos prolongados. Fazem-se esboços somente. O estudo bíblico, segundo este método, abrange a Bíblia na totalidade, e de igual modo cada livro dela, e cada capítulo dentro de cada livro. Tenha você uma hora certa para a leitura sistemática da Bíblia. A meditação diária, nela, é o segredo da vitória: Josué 1:8.

Método Analítico

ANALÍTICO. É o oposto do anterior. Você não irá longe no estudo analítico se não cuidar antes do método sintético. No estudo analítico dividimos o todo em partes para o estudo minucioso, que pode ser de temas os mais variados, inclusive doutrinas, personagens, tipos, etc.

Não há quem esgote a Bíblia, pois, ela é infinita. Quanto mais a estudamos, mais nos humilhamos observando a nossa insignificância e incapacidade ante a grandiosidade, as profundezas e as riquezas da revelação divina em todos os seus múltiplos aspectos. Este é o nosso testemunho.

A regra da leitura sistemática pode parecer simples, mas é produtiva e surte efeitos maravilhosos. Jamais será vã. Já que estamos tratando de leitura bíblica, é confortante saber que a Bíblia é o único livro cujo Autor está sempre presente quando o, lemos. Sim, o Autor da Bíblia é Onipresente. Textos sobre regras da leitura sistemática: Deuteronômio 17:19; Salmo 119:97-130; 1 Timóteo 4:13; Isaías 34:16.

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA — REGRA DA ORAÇÃO

Você não irá muito longe no estudo da Bíblia enquanto não aprender a orar. Pedras preciosas podem ser encontradas na superfície da terra, mas regra geral, é preciso cavar. A oração evidencia nossa dependência do Pai Celestial, nossa vontade, fome, amor à verdade e humildade. Orar é falar com Deus, sendo assim um diálogo, não um monólogo. Na oração e meditação diante de Deus, Ele revela suas grandezas.

Temos exemplos na Bíblia. Veja o caso de Salomão: 1Reis 3:9; 4:29-34. Ver também Tiago 1:5. Provérbios 2:3-6. Bastam estas palavras sobre a oração, porque a melhor maneira de aprendermos a orar é praticando a oração. Textos sobre as regras da oração: Tiago 1.5; Pv 2.4.5; SI 119.18; Efésios 1.16,17.

REGRA DO MESTRE

O Mestre que nos ensina a Palavra de Deus é o Espírito Santo. Não há outro. Se não tivermos o Mestre conosco nada aprenderemos. Ele é o Santo Espirito revelador: Efésios 1:17.

Só Ele conhece as coisas profundas de Deus: 1Coríntios 2:10. Deixa o Espírito Santo fluir livremente em sua vida e terá o Mestre para lhe guiar em toda a verdade: João 16:13. Textos para a regra do Mestre: 1Co 2:10-12; João 14:26; 16:35.

REGRA DA OBEDIÊNCIA

Deus não revela sua verdade aos que são apenas curiosos, sem qualquer propósito de obedecer-lhe, mas, aos humildes que se quedam a seus pés, e o obedecem por gratidão e amor. Ser humilde e piedoso é coisa essencial no estudo das Escrituras: Lucas 10:41. O espirito de desobediência paira nestes dias por toda a parte, nos meios domésticos, eclesiásticos, trabalhistas, estudantis, etc.

A obediência à verdade divina revelada nas Escrituras é um conhecido fator de progresso para o seu conhecimento. A desobediência contumaz a Deus, sua vontade, suas leis, fecha a porta às bênçãos de Deus. A obediência é aprendida; não comunicada: 1Reis 1:6; Pv 29:15; Hebreus 5:8. Textos sobre a regra da obediência: Esdras 7:10; João 7:17; Salmo 25:14.

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA — REGRA DA FÉ

A Bíblia, aceita-se primeiro pela fé e, depois, pela razão. Noutras palavras: A revelação divina transcende os limites intelectivos do homem. Por exemplo: o fato da criação do universo, confronte Gênesis 1:1, com Hebreus 11:3. Se você não aceitar pela fé a autoridade das Santas Escrituras, neste e em inúmeros outros passos bíblicos semelhantes, está desqualificado para compreender a verdade divina.

É preciso que tenha a Bíblia como a autoridade final, infalível e perfeita nos assuntos por ela tratados. Deus declara um fato e você cuide em crer nisso, porque Ele não se inclinará para satisfazer sua curiosidade; ou por outra, para revelar coisas que você não pode suportar, ou para as quais você e eu não estamos preparados. Textos sobre a regra da fé: Lucas 24:25; 1Pedro 1:21; 1Tm 3:16.

REGRA DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Nunca pare de crescer no sentido espiritual. O conhecimento das coisas de Deus vem de acordo com nossa capacidade de recebê-lo, conte-lo, assimilá-lo. O crescimento espiritual vem em parte pela obediência à verdade revelada. Privilégios implicam responsabilidade.

Somos responsáveis pela verdade a nós, revelada. Confira Êxodo 32:7-11. Paulo não pôde ensinar verdades bíblicas mais profundas aos crentes de Corinto, porque os mesmos não queriam deixar de ser “crianças”, 1Coríntios 3:1. Muitos deles nem salvos eram, 1Coríntios 15.34.

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA – REGRA DOS MEIOS AUXILIARES

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA

Regras de estudo da Bíblia – Esses meios auxiliares são três, os quais provêm material de estudo, consulta e referência. Aí se nos fala de livros. Por certo, os da Bíblia e outros que o apóstolo possuía:

LIVROS

LIVROS — Escolha bem os livros: 2 Timóteo 4:13. Hoje há muito mais livros maus, perniciosos, venenosos como os de Atos 19:19. Resista também à tentação de levar mais tempo com os livros do que com a Bíblia. Quem fica todo o tempo só com livros torna-se um teórico e autêntico refletor deles, ou melhor, de seus autores.

Aqui está uma sugestão de alguns livros que o estudante da Bíblia deve possuir:

  • Uma boa e atualizada versão da Bíblia
  • Demais versões em vernáculo, para estudo comparativo;
  • Uma boa concordância e um atlas bíblico
  • Um manual de síntese bíblica, ou chave bíblica
  • Um dicionário bíblico de confiança
  • Um bom dicionário da língua portuguesa
  • Um manual de doutrinas fundamentais (Teologia Sistemática)
  • Um ou mais comentários gerais da Bíblia.

APONTAMENTOS INDIVIDUAIS

Esses podem ser de duas maneiras:

  • Apontamentos de estudos ouvidos
  • Apontamentos de estudos lidos.

A memória falha com o tempo. O melhor é tomar notas. Isso não significa perder a confiança na operação do Espírito Santo; se fosse assim, não seria preciso Deus ter-nos provido a Bíblia em forma escrita. Habitue-se a tomar notas de seus estudos individuais, distribuindo-os por assuntos previamente escolhidos.

Se você tem livros, organiza um índice analítico de assuntos, o qual poderá prestar bons serviços na elaboração de seus estudos. Apontamentos enriquecem o cabedal de conhecimentos do estudante da Bíblia. A “memória” do apontamento feito, nunca falha, se feita e conservada organizadamente.

Aprimore seus Conhecimentos

CONHECIMENTO INTELECTUAL

Na Bíblia Deus usa linguagem humana para ensinar a verdade divina. A Bíblia faz menção de tudo o que é humano para que o homem possa entender melhor o que Deus quer dizer-lhe. Deus mesmo é apresentado na Bíblia como agindo à moda humana, pelas mesmas razões. Devido a isso, procure obter conhecimento intelectual sob quatro pontos de vista:

CONHECIMENTO GRAMATICAL

A revelação divina, como já disse, está em forma escrita. Procure obter uma soma regular de conhecimentos de sua língua materna, de modo a compreender e escrever bem o que lê, ouve e fala.

Dois exemplos: Na cena da crucificação de Jesus, os soldados romanos, por não conhecerem a língua aramaica falada por Jesus, não entenderam o seu brado proferido naquela língua, em Marcos 15:34.

Outro exemplo é o caso da morte de 42.000 efraimitas devido a uma má pronúncia, confira Juízes 12:1-7. Sabemos de casos notórios em nossos dias. Em Gálatas 4:10, por exemplo, o apóstolo não está ordenando, mas relatando. Veja aí o modo do verbo. No que lhe concerne, em João 4:24, “espírito” é predicado, não substantivo.

CONHECIMENTO DE VOCABULÁRIO BÍBLICO

Por exemplo, o termo “justificar” na linguagem bíblica, como na Epístola aos Romanos, não tem o mesmo sentido como nos dicionários comuns, vai muito mais além da acepção. É também o caso do duplo sentido da palavra “testamento” como usada no Novo Testamento.

Também a palavra “pai”, usada apenas como ancestral, como, por exemplo, em 1 Reis 15:11; Daniel 5:2-11; At 7:2. Podemos citar muitos outros exemplos. A “Guarda Pretoriana”, em Filipenses 1:13. O termo vem do “pretor”, oficial de justiça do Império Romano. Era uma guarda composta de 10.000 homens.

Outro exemplo “Ásia” em At 19:10, e Ap 1:4, era a província romana da Ásia, situada na hoje chamada Ásia Menor, que tinha por capital a cidade de Éfeso. Não se tratava do atual continente asiático.

Exemplos de referência e fatos históricos que o estudante da Bíblia deverá estudar: João 10:22 e Atos 2:21-38. E que dizer da referência histórica de Atos 17:18, quanto a epicureus e estoicos?

CONHECIMENTOS GERAIS

De história Antiga e Moderna. Antiguidades Orientais, Geografia Bíblica, bem como Arqueologia e Cronologia. Os mais ilustres mestres das Sagradas Escrituras eram conhecedores do saber universal e contemporâneo.

Moisés era versado em toda a ciência dos egípcios, Atos 7:22. Daniel era estadista, Daniel 6:2,3,28. Paulo era versado inclusive em atualidade, Atos 17:28 e Tito 1:12, onde ele cita autores seculares. O crente deve estar atualizado com os acontecimentos, não para exibir-se, mas para estar a par do que se passa no mundo, visto que grande parte da Bíblia ocupa-se da predição de acontecimentos mundiais, cujo cumprimento estamos vendo desfilar perante nós, noticiados pelos mais diversos meios de comunicação.

O estudante da Bíblia deve ler muito para melhorar seu preparo e estar bem informado, ampliando e atualizando seus conhecimentos gerais. Quem lê mais, sabe mais! O primeiro versículo do Novo Testamento ocupa-se de livros, Mateus 1:1. Logo, quem não admite livros… antepenúltimo versículo dele, também se ocupa de livros, Ap 22:19.

CONHECIMENTOS DE HEBRAICO E GREGO

Por exemplo: em João 13:10, o primeiro vocábulo “lavar” é no grego “luo” = banho completo; o segundo vocábulo “lavar” é “nipto” – lavar apenas uma parte do corpo. “Limpo”, no final do citado versículo, é “katharos” que significa, isento de mancha. Tudo isto num só versículo. Se essas diferenças não forem consideradas, como será devidamente explicado o assunto?

Em Mateus 28:19-20, o primeiro “ensinar” é matheteusate = discipular; o segundo é didascantes = instruir metodicamente.

Família de Estéfanas, em 1Co 1:16, é “oikos” – membro de família; já em 16:15 do mesmo livro, “família de Estéfaneas” é “oikia” = empregados, serviçais. O mesmo termo “oikia” aparece em Filipenses 4:22, traduzido por casa, significando empregados, serviçais da casa de César, o Imperador.

Em Mateus 15:37, cesto e “spuris” = cesto grande; já em 14:20, do mesmo livro, cesto é “Kiphinos” = cesto pequeno. É muito interessante estes dois milagres da multiplicação dos pães e peixes por Jesus.

Em Isaías 45:7, onde se diz de Deus: “Eu faço o mal; mal é “ra” = mal, não no sentido pecaminoso, e sim adversidade, dificuldades, problemas. A mesma palavra aparece em Salmo 5:4; 1Samuel 20:9; Pv 22:3; 1:33. O mesmo sentido ocorre em Mateus 6:13-34.

Textos sobre a regra dos meios auxiliares: Daniel 9:2; 2Tm 4:13; Gálatas 6:11; Ap 1:3,11.

REGRA DO BOM SENSO OU DA RAZÃO

É o uso da razão. A Bíblia nos foi dada por Deus não só para ocupar o nosso coração, mas também o nosso raciocínio, Hebreus 8:10. O bom senso tem muito efeito no estudo bíblico, especialmente na linguagem figurada tão abundante nas Escrituras.

Encontramos textos difíceis: é preciso usar, pois, a analogia geral das Escrituras. Não há lugar para contrassensos. Ao encontrarmos um texto difícil, apresentando aparentes contrações, não pensemos logo que há erro. Na Bíblia, as dificuldades são do lado humano, como tradução mal feita, falhas gráficas, falsa interpretação, má compreensão.

A analogia geral da Bíblia tem que ser mantida. Exemplos: Isaías 45:7; Mateus 23:35; com 2Cr 24:20; 16:14; Js 24:19; 2Cr 6:1 com 1João 1:5, etc. Textos sobre a regra do bom senso: Hebreus 5:14; Mateus 16:3; 1João 5:20.

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA – REGRA DO TEXTO

Texto é a parte que estamos lendo. Esta regra é tríplice. O texto bíblico deve ser considerado:

a) Quanto à sua aplicação. Esta pode ser quanto ao povo, tempo e lugar.

b) Quanto ao seu sentido. O sentido pode ser literal, figurado e simbólico.

c) Quanto à sua mensagem. Esta pode ser doutrinária, profética ou histórica.

A exiguidade de espaço não nos permite entrar em detalhes nas divisões desta regra. Pelo exposto, vimos que no estudo do texto bíblico precisamos ver:

  • Quem está falando do registro sagrado.
  • Para quem está falando.
  • Em qual dispensação, tempo ou aliança está falando.
  • Para qual propósito está falando.

Texto sobre a regra do texto: 2Tm 2:15

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA — REGRA DO CONTEXTO

Contexto vem do latim “contextus” que significa tecido. É o “tecido” da história, do fato, etc. Desprezar o contexto é aprender errado e depois ensinar assim. É deixar a interpretação por conta do acaso. Ignorar o contexto resulta em dar vazão a preconceitos, dogmatismo e especulações sem qualquer base no ensino bíblico geral. As Escrituras, no seu conjunto total, formam uma unidade perfeita, completa.

Não é jamais correto tomar um trecho qualquer e elaborá-lo base de uma doutrina. Isso conduz a consequências funestas, enganos, heresias. É de textos isolados de que se aproveitam as seitas para adaptarem a Bíblia às suas monstruosidades doutrinárias.

Com textos isolados podemos provar qualquer absurdo com a Bíblia. Por exemplo: muitos incautos tomam Filipenses 3:8 para afirmarem que Paulo condenava aí a sabedoria, o saber natural. Porém, leia-se o contexto e ver-se-á que o caso é outro.

O mesmo acontece em Isaías 26:14,19. Outro exemplo: combine Mateus 27:56 com Lucas 10:37b, e você terá o falso ensinamento do suicídio na Bíblia.

Muitos tomam 1João 2:27 sem considerar o contexto, e ensinam que o crente com a unção de Deus em sua vida não precisa receber qualquer ensino bíblico, ou preparação para o trabalho do Senhor.

Ora, a Bíblia refere-se aí, ao crente receber ensino de falsos mestres, dos enganadores mencionados no v. 26. Em 1Tm 5:14, Paulo refere-se a viúvas jovens, moças, e não a moças solteiras; para isso basta ler o contexto, no v.11.

No Salmo 42:5, o salmista refere-se diretamente ao templo de Jerusalém. Considerado isto, o texto torna-se muito mais tocante. Há, é claro, o sentido indireto e geral.

Há livros na Bíblia que não têm contexto definido, como: Jó, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos cânticos. O contexto pode ser imediato ou remoto, isto é, pode ser um versículo, um capítulo ou o livro todo. Texto sobre a regra do Contexto: 2Pe 1:20; Rm 15:4.

REGRA DA REVELAÇÃO CUMULATIVA

Revelação cumulativa é o acervo de referências bíblicas tratando de um determinado assunto. É um requisito primordial para a compreensão das doutrinas bíblicas. Não se pode formar doutrinas em textos isolados, como já mostramos. O primeiro passo para melhor proveito na observação desta regra de estudo da Bíblia é catalogar os textos ou referências do assunto.

Analise em seguida cada texto. Após estudo minucioso, distribua os textos nos subtópicos do assunto escolhido. Uma boa Concordância Bíblica presta grande serviço aqui, bem como a memória individual sob a iluminação e inspiração do Espírito Santo.

O índice analítico de assuntos é também valioso. Apontamentos bem organizados também prestarão um bom serviço. É claro que a oração, meditação e dependência de Deus deverão ocupar o primeiro lugar em tudo isso.

Considerando esta regra, há dois tipos de referências bíblicas: as reais e verbais: A referência verbal é um paralelismo de palavras, a real, um paralelismo de pensamentos e ideias. Texto sobre a regra da revelação cumulativa: 2Pedro 1:20; Salmo 36.9.

REGRAS DE ESTUDO DA BÍBLIA – REGRA DO TEMA CENTRAL

A Bíblia inteira é a história do Senhor Jesus Cristo. O Antigo Testamento pode ser resumido numa frase: JESUS VIRÁ. O Novo Testamento pode também ser resumido numa outra frase: JESUS JÁ VEIO.

No Antigo Testamento, Jesus está nos tipos, símbolos e profecias. No Novo Testamento nós O temos em realidade. Portanto, Cristo é a chave que abre cada Escritura. É preciso ler toda a Bíblia com isto em mira.

Textos sobre a regra do tema central: Lucas 24:44; Apocalipse 22:16b. Que o estudo sistemático da Bíblia seja uma realidade na vida de cada pessoa, ou antes, na vida de cada filho de Deus. Amém.

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ADILSON CARDOSO

Adilson Cardoso: Teólogo, Filósofo — Professor de Filosofia, Teologia, Hebraico e Grego.

Este post tem um comentário

  1. Claudionor

    Maravilhosas as dicas… seria uma benção se tivéssemos mais exemplos práticos de alguns tópicos… Deus te abençoe…

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