Cronologia do Tempo. Em que ano estamos? A cronologia do tempo é uma área de estudo que visa compreender como o tempo é medido, percebido e vivenciado por diferentes culturas e sociedades ao longo da história. Neste artigo, exploraremos os diferentes conceitos de tempo, a evolução das medidas de tempo e como as pessoas experimentam o tempo em suas vidas cotidianas.
Objetivos do estudo: identificar mudanças no calendário no decorrer do tempo. Saber em que ano estamos. Faz sentido guardar o sábado? Quantos calendários vigentes se observam no mundo atual?
O que é tempo? Cronologia do Tempo
O tempo é uma das poucas coisas que todos experimentam e entendem de maneira diferente. Em sua essência, o tempo pode ser definido como uma dimensão física que permite a ordenação dos eventos. O tempo é, portanto, a medida de quanto tempo leva para um evento ocorrer.
Conceitos de tempo
Existem muitos conceitos de tempo em diferentes culturas e sociedades. Alguns conceitos de tempo incluem:
Tempo circular
O tempo circular é um conceito que se baseia na ideia de que o tempo é cíclico e que eventos e padrões se repetem ao longo do tempo. Esse conceito é comum em muitas culturas antigas, como a egípcia e a hindu.
Tempo linear Cronologia do Tempo
O tempo linear é um conceito que se baseia na ideia de que o tempo é uma linha reta que começa em um ponto e termina em outro. Esse conceito é comum em muitas culturas ocidentais e se reflete na maneira como medimos o tempo.
Tempo subjetivo
O tempo subjetivo é o tempo que é percebido de maneira diferente por diferentes pessoas. Isso ocorre porque o tempo é influenciado por muitos fatores, como emoções, expectativas e atividades.
CALENDÁRIO HEBRAICO E O CÁLCULO DO TEMPO
ANO HEBRAICO — Israel desenvolveu um calendário lunissolar, [1] fixando todas as festas anuais pela lua nova. O ano sagrado começava com a lua nova do equinócio da primavera, que se tornou o dia primeiro de abide (“nisa”, depois de 600 a.C.).
Os judeus modernos usam um calendário “civil”, que começa com a lua nova do equinócio do outono, dia primeiro de tishri. O ano judaico tinha 12 meses de 30 ou 29 dias alternadamente, o que perfazia um ano lunar de 354 dias, cerca de 11 dias e seis horas menos que o ano solar (365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos).
Os dias eram compensados com o acréscimo de um mês intercalado trienalmente depois do último mês (ou cada 3, 6, 8, 11, 14, 17, e 19 anos de um ciclo de 19 anos). O acréscimo destes meses nos “anos bissextos” preservava a regularidade das colheitas e restaurava o ano solar. O calendário hebraico remonta ao “ano da Criação”, 3760 a.C., conforme calculo do rabino Jose Bem Halafta, cerca de 125 d.C.
MÊS HEBRAICO — Cronologia do Tempo
Os meses de Israel sempre começavam com a lua nova e eram anunciados pelo som de trombetas. No Israel antigo, eram chamados pela ordem numérica, e somente quatro tinham nomes: abide e zive, os primeiros dois meses da primavera, e etanim e bul, o sétimo e oitavo (os primeiros dois anos do outono).
O calendário na Babilônia, ou no período pós-exílico, abibe passou a ser nisã, e seis outros meses receberam o nome de sivã (3), elul (6), tishri (7), quisleu, sebate (11) e adar (12). Mais tarde, o Talmude fez as seguintes mudanças e acréscimos: iyar (2), tamuz (4), abe (5), marheshvã/heshvã (8), tebete (10). O mês intercalado foi chamado de adar II.
CALENDÁRIO HEBRAICO CORRESPONDENTE AO GREGORIANO
Nosso calendário é solar e chamado “gregoriano” em homenagem ao papa Gregório que, em 1582, alterou o calendário Juliano estabelecido por Júlio César em 45 a.C. A regulamentação gregoriana simplesmente cancelou o dia bissexto de cada ano centésimo, exceto para o quadringentésimo, a fim de deixar o ano Juliano doze minutos, menor.
Como o ano lunar é onze dias e seis horas mais curto que o solar, no nosso calendário a lua nova atrasa aquele período de tempo (ou adianta 19 dias) a cada ano, mudando continuamente a relação entre os meses hebraicos e gregorianos. Essa contínua mudança pode ser observada na seguinte correlação dos meses para os anos 1983 – 1987. [2]
“Não há como traduzir com exatidão as datas hebraicas, ou seja, não temos como saber em que ano estamos”.
Cronologia do Tempo — O Calendário e a era cristã
Calendário e a “Era” é um acontecimento ou época que serve de partida a um sistema cronológico. A era cristã é a que teve início no ano do nascimento do Senhor Jesus Cristo. É comumente escrita em forma abreviada d.C. que significa “depois de Cristo”.
É também abreviada AD, do Latim “Anno Domini”, que significa “ano do Senhor”, em atenção ao ano do nascimento do Senhor Jesus Cristo. Para as datas antes do nascimento de Jesus usa-se a abreviatura “a.C.”, referente às palavras “antes de Cristo”.
Quando Jesus nasceu, o Império Romano dominava o mundo. Os romanos datavam seus acontecimentos tomando por base o ano da fundação se Roma, o ano 753 antes de Cristo. Para os romanos, esse ano o “AUC”. As iniciais “AUC” são das três palavras latinas “Anno Urbis Conditae” que significam “o ano em que a cidade foi fundada”.
A alusão é a cidade de Roma. A era romana começa, pois, em 1 AUC.
CALENDÁRIOS NO DECORRER DO TEMPO
O CALENDÁRIO ROMANO — Cronologia do Tempo
Foi organizado em 753 a.C. por Rômulo, que, segundo a história, foi o primeiro rei de Roma, então cidade-reino. Reinou em 753 – 715 a.C. Tinha 10 meses de 30 dias e começava em março.
O sucessor de Rômulo Pompílio, reforçou-o acrescentando-lhe dois meses, passando o ano a ter 355 dias.
O CALENDÁRIO JULIANO
Júlio César reformou o calendário romano em 46 a.C. através do seu astrônomo, Sosígenes de Alexandria. A partir de então, esse calendário passou a chamar-se JULIANO.
Sosígenes cometeu o erro de considerar o ano solar como tendo 365 dias e 6 horas, quando o mesmo tem 365 dias e 49 minutos. Esses minutos acumulados anualmente, desde o tempo de César, somaram 10 dias em 1582, o que motivou o Papa Gregório XIII a reformar novamente o calendário.
O CALENDÁRIO DE DIONÍSIO
Em 526 d.C., o imperador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original partindo do ano do nascimento de Jesus. A tarefa foi entregue ao abade dominicano Dionysios Exiguss, o qual fixou o ano 1 dC, isto é, o ano 1 da Era Cristã como sendo 753 AUC, cometendo um grave erro como mais tarde ficou comprovado.
Ele devia ter fixado o ano 1 dC cinco anos antes, isto é, em 749 AUC, e na 753. Seu erro foi, pois, um atraso de cinco anos na fixação do ano 1 da Era Cristã. Uma vez concluído esse calendário, o mesmo foi adotado em todo o mundo onde quer que o cristianismo propagasse.
Tempos depois, os doutos na matéria, encontraram erros no calendário de Dionísio. Davis, citando o historiador judeu Flávio Josefo, mostra que Herodes, o Grande, morreu em 750 AUC. Ora, afirmando a Bíblia que Herodes morreu depois do nascimento de Jesus, logo o calendário de Dionísio está errado ao afirmar que Jesus nasceu em 753 AUC.
Se Herodes morreu em 750, como é geralmente aceito, então Jesus nasceu em 749 AUC, isto é, quatro anos antes do ano I da Era Cristã, segundo o calendário de Dionísio. Note-se que de 753 a 749 há quatro anos, e não cinco anos como parece a primeira vista. Devido aos meses que ultrapassam de quatro anos, conforme os estudos dos eruditos arredonda-se o número de anos para cinco, para facilidade de cálculo.
Eis ai a razão por que livros e publicações em geral afirmam que Jesus nasceu em 5 a.C., isto é, 5 anos antes da Era cristã, o que é um contra-senso se não houver uma explicação. Como poderia Jesus nascer cinco anos antes do Seu nascimento?
A explicação foi dada acima. E, por qual razão perpetuou-se o erro, em vez de corrigi-lo? É que uma vez descoberto o erro (um atraso de cinco anos), sua correção no calendário acarretaria problemas seríssimos às pessoas e às atividades humanas.
Como se vê, o calendário de Dionísio dá o ano 1 dC, como sendo o 753 AUC. Corrigido o erro, o ano 1 dC é 749 AUC. As datas atuais estão, pois, atrasadas cinco anos. Para termos datas exatas é preciso acrescentar 5 anos.
Para termos datas exatas é preciso acrescentar 5 anos. Arredonda-se para cinco anos para facilidade de cálculo, sabendo-se, no entanto, sendo quatro anos e meses. Devido o erro de Dionísio não ter sido corrigido, a era cristã não começa no nascimento de Jesus, mas cinco anos antes. O ano 1 do calendário atual é, na realidade, o ano 5, porque Dionísio “engoliu” 5 anos.
O CALENDÁRIO GREGORIANO
Em 1582, o Papa Gregório, XIII aconselhado pelo astrônomo calabrês Lílio, alterou num ponto o calendário de Dionísio. Gregório tirou 10 dias do ano de 1582, ordenando que o dia 5 de outubro de 1582 fosse 15 de outubro, de modo a corrigir a diferença de dias devido o acúmulo de minutos a partir de 46 a.C. quando César reformou o calendário.
Por causa dessa pequena alteração, o calendário atual é denominado Gregoriano. A Grécia e a Turquia ainda observam o calendário Juliano o qual está 13 dias, adiantado em relação ao nosso. Esse calendário aumenta um dia cada quatro anos.
CONCLUSÃO
Diante dessas alterações o que se pode concluir é que não sabemos exatamente em que ano, nem dia estamos. O provável é que estamos 4 ou 5 anos atrasados no calendário. Seguimos um calendário, os judeus outro, o oriente outro, e o que dizer do chinês, do islâmico e vários outros presentes no mundo.
Creio que o próprio Deus permitiu esta confusão para focarmos mais nossa atenção no Seu amado Filho Jesus Cristo e não em dias, como, por exemplo, no sábado. Jesus é nosso descanso, e não o sábado, como no Antigo Testamento.
[1] Sistema baseado no sol e na lua
[2] American Jewish Year book, 1983.
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