Concílio de Florença 1348

O Concílio de Florença foi um importante evento da história da Igreja Católica que ocorreu entre 1438 e 1445. Foi convocado pelo Papa Eugênio IV com o objetivo de unificar a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Oriental.

Durante o Concílio, os líderes das duas igrejas se reuniram em Florença, na Itália, para discutir e negociar uma série de pontos teológicos e litúrgicos controversos que haviam dividido as igrejas por séculos.

Entre os principais temas discutidos estavam a primazia do Papa, a filioque (ou seja, a crença de que o Espírito Santo procede tanto do Pai quanto do Filho), o purgatório e a natureza do corpo e do sangue de Cristo na Eucaristia.

Após anos de debate e negociação, foi finalmente assinada uma declaração de união em 1439, que estabelecia uma série de pontos de acordo entre as duas igrejas.

No entanto, a união não durou muito tempo. Muitos membros da Igreja Ortodoxa Oriental se opuseram ao acordo e a Igreja acabou se dividindo novamente em 1472.

Apesar disso, o Concílio de Florença é considerado um marco importante na história da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa Oriental, e seu legado ainda é sentido nos dias de hoje.

Concílio de Florença

O Concílio de Florença tomou várias decisões importantes que tiveram um impacto significativo na história da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa Oriental. Algumas das decisões mais significativas incluem:

  • Reconhecimento da primazia do Papa: o Concílio de Florença reconheceu o Papa como o líder supremo da Igreja Católica, com autoridade sobre todos os bispos e fiéis. Esse reconhecimento foi um ponto importante de discórdia entre as duas igrejas e contribuiu para a separação entre elas.
  • Adoção da filioque: a Igreja Católica adotou a crença de que o Espírito Santo procede tanto do Pai quanto do Filho (filioque), o que havia sido uma fonte de controvérsia com a Igreja Ortodoxa Oriental.
  • Definição da doutrina do purgatório: o Concílio de Florença definiu a doutrina do purgatório como um estado de purificação após a morte, onde as almas dos fiéis são purificadas antes de entrarem no céu. Essa doutrina ainda é ensinada pela Igreja Católica.
  • Discussão sobre a natureza da Eucaristia: o Concílio de Florença discutiu a natureza do corpo e do sangue de Cristo na Eucaristia, chegando a uma definição que ainda é aceita pela Igreja Católica.
  • Unificação dos ritos: o Concílio de Florença tentou unificar os ritos litúrgicos da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa Oriental, buscando uma maior harmonização entre as duas igrejas.
  • Reconhecimento da existência de sete sacramentos: o Concílio de Florença reconheceu oficialmente a existência de sete sacramentos na Igreja Católica, incluindo o batismo, a confirmação, a Eucaristia, a penitência, a unção dos enfermos, a ordenação sacerdotal e o matrimônio.
  • Fortalecimento da autoridade papal: o Concílio de Florença fortaleceu ainda mais a autoridade do Papa na Igreja Católica, reforçando o seu papel como líder espiritual e administrativo da Igreja.
  • Defesa da fé cristã: o Concílio de Florença defendeu a fé cristã contra as heresias e desvios doutrinários, reafirmando a importância da ortodoxia e da fidelidade à doutrina católica.
  • Reconhecimento da Igreja Ortodoxa Oriental como uma igreja legítima: o Concílio de Florença reconheceu a Igreja Ortodoxa Oriental como uma igreja legítima e válida, com sacramentos válidos e sacerdotes ordenados validamente.

Resumo

O Concílio de Florença foi uma reunião entre líderes da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa Oriental que ocorreu no século XV, com o objetivo de unificar as duas igrejas. Entre as decisões mais importantes tomadas durante o Concílio, destacam-se: o reconhecimento da primazia do Papa na Igreja Católica, a adoção da filioque, a definição da doutrina do purgatório e a discussão sobre a natureza da Eucaristia.

Além disso, o Concílio também buscou unificar os ritos litúrgicos, reconheceu oficialmente a existência de sete sacramentos na Igreja Católica, fortaleceu a autoridade papal, defendeu a fé cristã contra heresias e reconheceu a Igreja Ortodoxa Oriental como uma igreja legítima. No entanto, muitas dessas decisões foram contestadas e rejeitadas pela Igreja Ortodoxa Oriental, o que contribuiu para a separação entre as duas igrejas.

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Em Resumo: O Concílio de Florença foi convocado em 1438 visando promover a unidade entre as igrejas ocidental e oriental, separadas desde o Grande Cisma do Oriente em 1054. Durante o Concílio, foram discutidos temas como a filioque, a autoridade papal e a liturgia. Embora tenha havido alguma aproximação entre as duas igrejas, o Concílio não conseguiu alcançar sua principal meta de reconciliação entre as igrejas.

ADILSON CARDOSO

Adilson Cardoso: Teólogo, Filósofo — Professor de Filosofia, Teologia, Hebraico e Grego.

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