Pré-Tribulacionismo é uma doutrina teológica cristã que afirma que a Segunda Vinda de Jesus Cristo ocorrerá em duas fases distintas: primeiro, Ele virá secretamente para arrebatar sua igreja (os cristãos fiéis) da Terra antes de um período de tribulação de sete anos, que será um tempo de julgamento e sofrimento para aqueles que não aceitaram a Cristo como seu salvador. Depois disso, Jesus voltará abertamente para derrotar o anticristo e estabelecer seu reino na Terra.
Os defensores do Pré -Tribulacionismo baseiam-se principalmente em uma interpretação literal da Bíblia, especialmente de passagens como 1 Tessalonicenses 4:16-17 e 1 Coríntios 15:51-52, que descrevem a “ressurreição dos mortos” e o “arrebatamento dos vivos”. Eles argumentam que a igreja não será submetida à ira de Deus durante a tribulação e a sua remoção da Terra permitirá que Deus julgue os ímpios e os incrédulos.
O Pré -Tribulacionismo é uma das principais interpretações escatológicas do cristianismo dispensacionalista, sendo uma abordagem teológica que enfatiza a distinção entre Israel e a igreja. Segundo essa interpretação, a tribulação é um período de sete anos em que Deus julgará a terra e punirá os ímpios por sua rebelião contra Ele. Durante este período, o Anticristo governará a terra, e haverá uma série de julgamentos divinos, como as sete taças, as sete trombetas e os sete selos.
Os defensores do Pré -Tribulacionismo afirmam que a igreja será removida da terra antes do início da tribulação, em um evento conhecido como “arrebatamento”. Eles argumentam que a Bíblia ensina que a igreja não foi destinada à ira de Deus, portanto, não deve passar pela tribulação. Em vez disso, a igreja será levada para o céu para estar com Jesus Cristo durante a tribulação.
Além disso, os defensores do Pré -Tribulacionismo argumentam que a presença da igreja na terra impede o início da tribulação. Eles afirmam que a igreja é a “restrição” mencionada em 2 Tessalonicenses 2:7, que está impedindo o Anticristo de ser revelado. Quando a igreja for removida, o Anticristo poderá se revelar e iniciar a tribulação.
8 Razões para crer no Pré -Tribulacionismo
1 | Nenhuma passagem bíblica declara explicitamente que a Igreja passará pela Grande Tribulação. Israel, sim, está identificado com a Grande Tribulação, como também as nações e os ímpios em todo o mundo, mas a verdadeira Igreja não e mencionada. |
2 | O livro do Apocalipse trata, em geral, dos últimos 7 anos a “Septuagésima Semana” revelada a Daniel (Dn 9.27). João relata a Grande Tribulação após o capitulo 4.1 “depois destas coisas”, isto é, depois do período da Igreja. |
3 | Os capítulos 9 a 19 descrevem os tempos da Grande Tribulação. Em todo esse trecho a Igreja não é mencionada nenhuma vez, direta ou indiretamente, como estando presente na Tribulação. |
4 | A promessa a Igreja de Filadélfia, a cidade do amor fraternal, a Igreja verdadeira dos últimos dias da presente dispensarão. “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam sobre a terra” Apocalipse 3.10. A expressão “hora da provação”, da qual a Igreja será guardada, só pode ser a Grande Tribulação, pois se trata de algo de âmbito internacional. |
5 | A Grande Tribulação representa um período de juízo ou ira sobre o mundo ímpio, a “igreja” apostata e Israel em rebeldia. Os juízos mais terríveis desse período são justamente os sete “flagelos”. Em apocalipse 15.1 e 16.1-9 notam-se as seguintes fortíssimas expressões: “pragas… porque nelas é consumada a ira de Deus”, “Ide e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus”. Em contraste com esse castigo que Deus manda sobre a terra, temos a promessa de Jesus em João 5.24: “quem ouvi minha palavra… não entrará em condenação…” “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação…” (1Ts 5.9). “Sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos por ele da ira” (Romanos 5.9). Paulo declara que “Jesus… nos livra da ira futura” (1Ts 1,10). |
6 | Devemos esperar a Vinda de Cristo, e não a Grande Tribulação. A Igreja é o “sal” que preserva o mundo. Quando for tirado do meio dos homens (conforme previsto em 2Ts 2.7-10), então é que o mundo entrará em estado de “putrefação” moral e espiritual. Então será revelado o mistério da iniquidade, o anticristo, e toda a sua operação do erro. |
7 | Já que a Igreja é o corpo, do qual Cristo é a cabeça (Ef 1.22; 5.23; Cl 1.18) a noiva de Cristo (1Co 11.2; Ef 5.23), o objeto de seu amor (Ef 5.25), os ramos dos quais Ele é a videira e a raiz (Jo 15.5), o edifício do qual Ele é a base da pedra angular (1Co 3.9; Ef 2.19-22), existe entre o crente e o Senhor uma união e uma unidade. O crente não está mais separado dele. Se a Igreja estiver na Grande Tribulação está sujeita a ira, ao julgamento e a indignação que caracterizam este período, pela sua união com Cristo, Ele, da mesma maneira, estaria sujeito ao mesmo castigo. Isso é impossível de acordo com (1Jo 4.17, pois Ele não pode ser julgado novamente. |
8 | Apocalipse 13.7 esclarece que todos os que estiverem na Grande Tribulação serão submetidos à besta e por meio dela a Satanás, que dá a besta o seu poder. Se a Igreja estivesse neste período, ela se sujeitaria a Satanás, e Cristo perderia seu lugar como cabeça, ou ele mesmo, pela sua união com a Igreja, estaria igualmente sujeito a autoridade de Satanás. Tal coisa é impensável. |
Defensores desta Corrente Escatológica
- Há muitos teólogos e estudiosos cristãos que defendem a doutrina do Pré -Tribulacionismo. Alguns dos mais conhecidos são:
- John Nelson Darby – considerado o fundador do dispensacionalismo e um dos principais defensores do Pré-Tribulacionismo.
- C. I. Scofield – autor da Bíblia de Referência Scofield, que popularizou a interpretação dispensacionalista e do Pré-Tribulacionismo.
- Tim LaHaye – autor da série de livros “Deixados para Trás”, que apresenta uma narrativa fictícia do arrebatamento e da tribulação.
- Hal Lindsey – autor do livro “O Grande Planeta Terra”, que popularizou a interpretação do Pré-Tribulacionismo para uma audiência mais ampla.
- Thomas Ice – fundador do Instituto de Estudos da Profecia, um grupo de pesquisa que promove o Pré -Tribulacionismo e o dispensacionalismo.
Esses e outros defensores desta corrente escatológica baseiam-se principalmente em uma interpretação literal da Bíblia e em uma compreensão da relação entre Israel e a igreja. No entanto, há muitos outros teólogos e estudiosos cristãos que discordam dessa interpretação e defendem outras abordagens escatológicas.
Escatologia Bíblica
Meso – Tribulacionismo
Pós – Tribulacionismo
Amilenarismo
Pré-Milenarismo
Pós-Milenarismo