Concílio de Nicéia 2: Ano 787

O Concílio de Nicéia 2 foi realizado no Ano 787 em Nicéia, uma cidade localizada na atual Turquia. Este concílio foi convocado pelo imperador bizantino Constantino VI e presidido pelo patriarca Tarásio de Constantinopla. Este foi o segundo concílio realizado nesta cidade.

O principal objetivo do concílio foi resolver a questão das imagens religiosas, conhecida como Iconoclasma, que havia dividido a igreja cristã. O concílio decidiu que as imagens poderiam ser usadas como objetos de veneração, mas não de adoração. Essa posição é conhecida como “iconodulismo”.

Este concílio foi considerado importante para a igreja cristã oriental, pois, reafirmou a importância das imagens na prática religiosa e fortaleceu a posição dos defensores do uso de imagens contra os iconoclastas. Além disso, o concílio reforçou a autoridade do patriarca de Constantinopla, que se tornou o principal líder da igreja cristã oriental.

Concílio de Nicéia 2

As principais decisões do Concílio de Nicéia 2 foram:

  • No Concílio de Nicéia 2 foram autorizados o uso de imagens religiosas: O concílio decidiu que as imagens religiosas poderiam ser usadas para veneração, mas não para adoração. As imagens deveriam ser consideradas representações simbólicas dos personagens sagrados, e não como se fossem divindades.
  • Condenação do iconoclasma: O concílio condenou a prática do iconoclasma, que era a destruição de imagens religiosas, e afirmou que a veneração das imagens era uma prática aceitável e uma forma de honrar a Deus.
  • Restauração da autoridade do patriarca de Constantinopla: O concílio reforçou a autoridade do patriarca de Constantinopla e declarou que ele era o líder da igreja cristã oriental. Isso diminuiu a influência do papado em Constantinopla e estabeleceu uma hierarquia mais clara dentro da igreja cristã oriental.
  • Criação de regras para a produção de imagens religiosas: O Concílio de Nicéia 2 estabeleceu regras para a produção de imagens religiosas, incluindo a proibição de representações inadequadas de personagens sagrados e a exigência de que as imagens fossem produzidas com cuidado e respeito.
  • Estabelecimento de penitências para aqueles que destruíam imagens religiosas: O concílio estabeleceu penitências para aqueles que destruíam imagens religiosas, incluindo a excomunhão. Essa decisão visava evitar a destruição de imagens e proteger a prática da veneração de imagens.
  • Na época do Concílio de Nicéia 2, o Papa da Igreja Católica Romana era Adriano I. No entanto, a presença do Papa no concílio não foi significativa, uma vez que o evento foi convocado pelo imperador bizantino e liderado pelo patriarca de Constantinopla. Além disso, a Igreja Católica Romana estava enfrentando suas próprias questões internas na época, como o Cisma de 1054, que separou a igreja ocidental da igreja oriental.

Resumo

O Concílio de Nicéia 2 foi realizado em 787 e teve como objetivo resolver a questão das imagens religiosas, conhecida como Iconoclasma, que havia dividido a igreja cristã. O concílio decidiu que as imagens poderiam ser usadas como objetos de veneração, mas não de adoração, e condenou a prática do iconoclasma.

Além disso, o concílio reforçou a autoridade do patriarca de Constantinopla, estabeleceu regras para a produção de imagens religiosas e estabeleceu penitências para aqueles que as destruíssem.

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Em Resumo: O Concílio de Nicéia II foi um importante evento na história da Igreja, realizado em 787 sob a liderança do Imperador Bizantino Constantino VI e da Imperatriz Irene. Durante o Concílio, foi discutida a questão das imagens sagradas e sua adoração, que havia sido objeto de controvérsias por séculos.

ADILSON CARDOSO

Adilson Cardoso: Teólogo, Filósofo — Professor de Filosofia, Teologia, Hebraico e Grego.

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