Concílio de Nicéia Ano 325

Concílio de Nicéia Ano 325 —  Foi convocado para reagir contra as heresias ensinadas pelo presbítero de Alexandria, conhecido como Ário. Assim como Orígenes, ele pregava que o Pai é maior que o Filho, e o Filho é maior que o Espírito Santo. Ário não cria ser possível ter uma hierarquia de seres divinos.

Aconteceram dois Concílios na cidade de Nicéia, o outro aconteceu no ano de 787 e teve decisões diferentes deste. Neste Artigo trataremos apenas sobre o Concílio de Nicéia Ano 325

Ário embarcou no monoteísmo de Orígenes e ainda foi mais radical, concluiu que apenas o Pai era Deus, o Filho foi criado pelo Pai a partir do nada e este participou na criação do Universo. Por ser uma criatura, o Filho não é eterno, ele teve um começo.

Concílio de Nicéia Ano 325

Este entendimento foi categoricamente rejeitado neste Concílio, no entanto, as testemunhas de Jeová, contrariando as decisões de Nicéia, acolheram este ensino como doutrina, assim ensinam para os seus seguidores.

Ário conseguiu apoio de vários seguidores de Orígenes, o caos doutrinário foi grande problema no seio da Igreja. Para resolver este conflito, o imperador Constantino convocou o Concílio de Nicéia. Este Concílio se reuniu em junho do ano 325, sob a presidência de Constantino.

Cerca de 220 bispos estiveram presentes nesta reunião. Este Concílio condenou Ário e produziu um credo antiariano, o tão conhecido Credo de Nicéia.

Credo de Nicéia — Concílio de Nicéia Ano 325

Cremos em um Deus, o Pai Todo Poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, isto é, da Substância do Pai. Ele é Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado e não criado, de uma Substância [homoousios] com o Pai. Por Ele todas as coisas foram realizadas, as coisas nos céus e sobre à terra. Por nós homens e para nossa salvação ele desceu, foi feito carne e tornou-se homem. Ele sofreu, ressuscitou ao terceiro dia e ascendeu aos céus. Ele virá novamente para julgar os vivos e os mortos.

E no Espírito Santo

A santa igreja católica apostólica excomunga [amaldiçoa] aqueles que dizem: houve um tempo quando ele não existia e ele não era antes de ter sido gerado, e ele foi feito do nada. E aqueles que afirmam que Ele é de algum ser ou de outra substância senão a do Pai, ou que é mutável ou passível de mudança.

Diferenças entre as Decisões do Concílio de Nicéia e as crenças de Ário.

Gerado do Pai: Ário usou a palavra “gerado” com o significado de “criado”, para justificar a crença de que Jesus foi criado.

O Credo de Nicéia exclui esta interpretação e substitui pela expressão “da substância do Pai”.

Ário: apenas o Pai é Deus.

Nicéia: O Pai é verdadeiro Deus e Jesus, também, é verdadeiro Deus.

Ário saiu derrotado do Concílio de Nicéia, foi condenado por defender o uso da palavra homoousios

O Concílio de Nicéia foi importante por ser ecumênico, ou seja, universal. Esta palavra origina-se do grego oikomune – toda à terra habitada.

Os resultados das interpretações de Nicéia serviram como base doutrinária da Igreja de Cristo até agora. Inclusive, para afirmar a Doutrina da Trindade — Pai — Filho e Espírito Santo.

Com exceção das testemunhas de Jeová que preferiram juntar-se as crenças de Ário, o corpo de Cristo formado pelas mais variadas vertentes do protestantismo, acreditam que Jesus é Deus. Morreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e voltará para buscar a Igreja.

[homoousios] de uma substância

Concílio de Constantinopla de 381
Concílio de Éfeso 431
Concílio de Calcedônia 451
Concílio de Constantinopla de 553
Concílio de Constantinopla de 681
Concílio de Nicéia 2 – 787
Concílio de Latrão 1215
Concílio de Florença 1348
Concílio de Trento 1545
Concílio do Vaticano II – 1962

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ADILSON CARDOSO

Adilson Cardoso: Teólogo, Filósofo — Professor de Filosofia, Teologia, Hebraico e Grego.

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