O Concílio de Constantinopla de 553 foi um concílio ecumênico da Igreja Católica realizado em Constantinopla, no Império Bizantino, sob a presidência do imperador Justiniano I. O papa da época era Vigílio, que se opôs às decisões tomadas no concílio.
Este foi o quinto concílio ecumênico da Igreja Católica e foi convocado para resolver controvérsias teológicas e disciplinares que haviam surgido desde o Concílio de Calcedônia em 451. As decisões tomadas no concílio foram amplamente aceitas pela Igreja Católica e ajudaram a estabelecer a ortodoxia cristã.
Principais decisões Concílio de Constantinopla de 553
- Condenação dos Três Capítulos: O concílio condenou três obras teológicas escritas por teólogos anteriores, conhecidos como os “Três Capítulos”. Os capítulos em questão eram uma carta do bispo Teodoreto de Ciro, uma carta do bispo Teodoro de Mopsuéstia e uma obra do monge teólogo Ibas de Edessa. Os capítulos foram condenados por ensinarem doutrinas que contradiziam a ortodoxia cristã.
- Afirmação da natureza divina e humana de Cristo: O concílio reafirmou a crença de que Jesus Cristo era verdadeiramente Deus e verdadeiramente humano, uma doutrina que havia sido estabelecida no Concílio de Calcedônia em 451.
- Condenação do patriarca Orígenes: O concílio condenou o patriarca Orígenes, um teólogo cristão do século III, por suas crenças heterodoxas sobre a natureza de Deus e da alma humana.
- Declaração sobre a validade dos batismos: O concílio declarou que o batismo realizado na Igreja Apostólica Armênia era válido, apesar de a igreja não seguir todas as práticas litúrgicas da Igreja Católica.
- O papa Vigílio se opôs às decisões tomadas no concílio, sendo preso pelo imperador Justiniano I por resistir às autoridades imperiais. Ele acabou cedendo à pressão do imperador e acabou concordando com as decisões tomadas no concílio.
Além das decisões que mencionei anteriormente, o Concílio de Constantinopla de 553 teve outras questões importantes em discussão. O concílio também lidou com questões disciplinares e organizacionais na Igreja, incluindo a ordenação de bispos, a nomeação de vigários apostólicos e a reafirmação da autoridade dos patriarcas.
Uma questão particularmente controversa durante o concílio foi a discussão sobre o papel do papa na Igreja. O imperador Justiniano I e muitos dos bispos presentes no concílio acreditavam que o papa deveria ser subordinado à autoridade do imperador, enquanto o papa Vigílio e seus apoiadores argumentavam que o papa tinha autoridade suprema na Igreja.
Essa questão acabou sendo resolvida com uma declaração do concílio que afirmava que a autoridade do papa estava sujeita à autoridade dos outros bispos da Igreja e à doutrina ortodoxa.
Resumo
O Concílio de Constantinopla de 553 foi um concílio ecumênico da Igreja Católica realizado em Constantinopla no Império Bizantino. O concílio condenou as obras dos teólogos conhecidos como “Três Capítulos”, afirmou a natureza divina e humana de Cristo, condenou o patriarca Orígenes e declarou a validade do batismo da Igreja Apostólica Armênia.
Houve também discussões sobre questões disciplinares e organizacionais na Igreja, incluindo o papel do papa. O concílio foi convocado para resolver controvérsias teológicas e disciplinares que surgiram desde o Concílio de Calcedônia em 451. As decisões tomadas no concílio foram amplamente aceitas pela Igreja Católica e ajudaram a estabelecer a ortodoxia cristã.
Concílio de Nicéia Ano 325
Concílio de Constantinopla de 381
Concílio de Éfeso 431
Concílio de Calcedônia 451
Concílio de Constantinopla de 681
Concílio de Nicéia 2 – 787
Concílio de Latrão 1215
Concílio de Florença 1348
Concílio de Trento 1545
Concílio do Vaticano II – 1962
Em Resumo: O Concílio de Constantinopla II foi realizado em 553 e teve como objetivo principal condenar as doutrinas do teólogo Orígenes, consideradas heréticas pela Igreja Católica. Além disso, foram discutidas outras questões teológicas, como a relação entre as naturezas divina e humana de Jesus Cristo.