666 Marca da besta: significado e impacto na vida

666 Marca da besta. Diariamente recebo muitas perguntas de alunos, irmãos na fé, amigos e outras pessoas afligidas por dúvidas. Isto é positivo, pois, são as dúvidas que nos movem em direção as buscas das respostas.

Este é um tema com muitas especulações e poucas respostas. Diariamente somos expostos a um farto material que nos bombardeiam com informações vindas dos veículos de comunicação (Tvs, jornais, revistas, internet, etc.). Muitos cristãos ficam aterrorizados, basta surgir um chip ou uma nova tecnologia, logo associam tal novidade a marca da besta.

666 Marca da besta

Os questionamentos são muitos e variados. São perguntas teológicas, filosóficas e, às vezes, vem do senso comum (conhecimento popular). Embora, esta indagação encontra-se inserida no senso comum, no entanto, buscaremos as respostas no campo teológico.

Para isto, usaremos a principal ferramenta que dá suporte as construções teológicas “a Bíblia”. Nada melhor para discorrer sobre um tema de tamanha importância usando a própria Palavra de Deus. Lembrem-se, a regra áurea da Hermenêutica é: A Bíblia interpreta a própria Bíblia.

O que a Bíblia diz sobre a marca da besta?

A passagem do Apocalipse que menciona a marca da besta é encontrada em Apocalipse 13: 16-18. Aqui está a tradução da Nova Versão Internacional:

“16 Também força todos os povos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem uma marca na mão direita ou na testa, 17 para que ninguém possa comprar nem vender, a não ser quem tenha a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome.

18 Aqui está a sabedoria. Aquele que tem discernimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e seis.”

Embora o significado exato da marca da besta seja desconhecido, a Bíblia é clara em afirmar que aqueles que a recebem são condenados à eterna punição. Alguns acreditam que a marca é uma forma de controle do governo mundial ou do Anticristo, enquanto outros veem isso como um sinal de uma sociedade sem Deus.

O que é a marca da besta?

A marca da besta é mencionada no livro do Apocalipse, no Novo Testamento da Bíblia. A passagem descreve uma besta que emerge do mar e governa sobre a terra. A besta força todas as pessoas a receberem uma marca em sua mão direita ou na testa, sem a qual ninguém pode comprar ou vender nada. A marca é representada pelo número 666.

A interpretação dessa passagem bíblica é amplamente debatida e varia entre diferentes grupos religiosos. No entanto, muitos crentes acreditam que a marca da besta é um sinal de adoração ao Anticristo e que quem recebe a marca estará condenado ao inferno.

TRINDADE SATÂNICA — 666 Marca da besta

666 Marca da besta — O Diabo é imitador de Deus, como Deus é uma Trindade, então, ele formará uma trindade satânica na Grande Tribulação: Primeira pessoa da trindade satânica, o Diabo. Segunda, a besta religiosa. Terceira, a besta política.

CORRENTES ESCATOLÓGICAS VIGENTES

Para entender este tema, faz-se necessário conhecer as correntes escatológicas vigentes em cada denominação. Para isto, lançaremos nossas lentes sob cada uma delas. Conhecê-las é preciso, nas tomadas de decisões relacionadas a esta marca. São elas: Pré-Tribulacionista, Meso e Pós-Tribulacionista.

Corrente Pré-Tribulacionista — 666 Marca da besta

Pré-Tribulacionista: acreditam que a Igreja será arrebatada por Jesus e não passará pela Grande Tribulação.

Meso -Tribulacionista

Meso -Tribulacionista: creem que a Igreja será arrebatada por Jesus na metade da Grande Tribulação, isto é, nos primeiros três anos e meio de paz, a Igreja estará aqui.

Pós-Tribulacionista

Pós-Tribulacionista: Defendem que a Igreja passará pela Grande Tribulação.

Existem outras correntes, entretanto, nos importa ocupar apenas com estas três. À medida do entendimento, será a fórmula para a crença, e esta, será usada para se relacionar com este “problema”, 666 Marca da besta. Para quem é Meso e Pós-Tribulacionista esta preocupação é constante e legitima. Haja vista, acender uma alerta sempre que surge um chip, uma marca, uma vacina, etc.

A ênfase deste Artigo recai sobre o Pré-Tribulacionismo, pretende-se aqui mostrar aquilo que cremos. Quem acredita nesta corrente escatológica pode dormir em paz, não há razão para panico.

Vamos ao texto que trata deste assunto:

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.

Apocalipse 13

Para entender este texto faz-se necessário conhecer as divisões do Livro de Apocalipse: a primeira divisão está nos capítulos 1 ao 3, direcionados a Igreja de Cristo, trata do período da Igreja. A segunda divisão vai do capítulo 4 ao 19 e trata da Grande Tribulação. Tudo que acontecer nestes capítulos acontecerá na Grande Tribulação.

666 Marca da besta

666 Marca da besta, você é cristão e tem medo?

Preste atenção no Versículo abaixo porque ele será a chave do entendimento:

Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.

Apocalipse 4:1

Observa-se neste texto que há uma transição do período da Igreja para o da Grande Tribulação. Repare as expressões “depois destas”, ou seja, depois do período da Igreja. Entende-se neste texto que a igreja não passará pela Grande Tribulação.

Há razões fortes para crer que a Igreja não estará aqui. A posição Escatológica mais coerente é a Pré-Tribulacionista, ou seja, a igreja será arrebatada antes. Observem as razões extraídas do Manual de Escatologia, Pentecost J. Dwight, Vida:

RAZÕES PELA QUAL OPINAMOS QUE A IGREJA NÃO PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO

  • Nenhuma passagem bíblica declara explicitamente que a Igreja passará pela Grande Tribulação. Israel, sim, está identificado com a Grande Tribulação, como também as nações e os ímpios em todo o mundo, mas a verdadeira Igreja não é mencionada.
  • O livro do Apocalipse trata, em geral, dos últimos 7 anos a “Septuagésima Semana” revelada a Daniel: Daniel 9:27. João relata a Grande Tribulação após o capítulo 4.1 “depois destas coisas”, isto é, depois do período da Igreja.
  • Os capítulos 9 a 19 descrevem os tempos da Grande Tribulação. Em todo esse trecho a Igreja não é mencionada nenhuma vez, direta ou indiretamente como estando presente na Tribulação.
  • A promessa a Igreja de Filadélfia, a cidade do amor fraternal, a Igreja verdadeira dos últimos dias da presente dispensarão. “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam sobre a terra” (Apocalipse 3.10). A expressão “hora da provação”, da qual a Igreja será guardada, só pode ser a Grande Tribulação, pois se trata de algo de âmbito internacional.
  • A Grande Tribulação representa um período de juízo ou ira sobre o mundo ímpio, a “igreja” apostata e Israel em rebeldia. Os juízos mais terríveis desse período são justamente os sete “flagelos”. Em apocalipse 15:1 e 16:1-9 notam-se as seguintes fortíssimas expressões: “pragas… porque nelas é consumada a ira de Deus”, “Ide e derramai sobre à terra às sete taças da ira de Deus”. Em contraste com esse castigo que Deus manda sobre à terra, temos a promessa de Jesus em João 5:24: “quem ouvi minha palavra… não entrará em condenação…” “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação…” (1Ts 5:9). “Sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos por ele da ira” (Rm 5:9). Paulo declara que “Jesus… nos livra da ira futura” (1Tessalonicenses 1:10).
  • Devemos esperar a Vinda de Cristo, e não a Grande Tribulação. A Igreja é o “sal” que preserva o mundo. Quando for tirado do meio dos homens (como é previsto em 2Ts 2:7-10), então é que o mundo entrará em estado de “putrefação” moral e espiritual. Então será revelado o mistério da iniquidade, o anticristo, e toda a sua operação do erro.
  • Já que a Igreja é o corpo, do qual Cristo é a cabeça (Ef 1:22; 5:23; Cl 1:18) a noiva de Cristo (1Co 11:2; Ef 5:23), o objeto de seu amor (Efésios 5:25), os ramos dos quais Ele é a videira e a raiz (Jo 15.5), o edifício do qual Ele é a base da pedra angular (1Co 3:9; Ef 2:19-22), existe entre o crente e o Senhor uma união e uma unidade. O crente não está mais separado dele. Se a Igreja estiver na Grande Tribulação estará sujeita a ira, ao julgamento e a indignação que caracterizam este período, devido a sua união com Cristo, Ele, da mesma maneira, estaria sujeito ao mesmo castigo. Isso é impossível de acordo com 1João 4:17, pois Ele não pode ser julgado novamente. Visto que a Igreja foi aperfeiçoada e liberta de tal julgamento (Rm 8:1; Jo 5.24; 1Jo 4:17), se ela fosse novamente sujeita a julgamento, as promessas de Deus não teriam efeito e a morte de Cristo seria ineficaz. Quem ousaria afirmar que a morte de Cristo falhou no cumprimento de seu propósito?
  • Apocalipse 13.7 esclarece que todos os que estiverem na Grande Tribulação serão submetidos à besta e por meio dela a Satanás, que dá a besta o seu poder. Se a Igreja estivesse neste período, ela se sujeitaria a Satanás, e Cristo perderia seu lugar como cabeça, ou ele mesmo, devido à sua união com a Igreja, estaria igualmente sujeito a autoridade de Satanás. Tal coisa é impensável.

666 Número humano

Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.

Apocalipse 13:18

O OURO DE SALOMÃO

Um sistema idólatra como o reino de Salomão onde aparece também o número 666 e em seguida a queda. Ajudar-nos-á entender como que um governo humano, egoísta e autossuficiente do AT pode ser o retrato do governo do anticristo.

Na era de ouro de Salomão, na sua subida rumo as grandes riquezas aparecem o número 666, em seguida o relato da sua queda. Pode-se fazer uma analogia com Apocalipse 13, veja abaixo:

O peso de ouro que se trazia a Salomão cada ano era de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro, além do que entrava dos vendedores, e do tráfico dos negociantes, e de todos os reis da Arábia, e dos governadores da terra. 1Reis 10:14-15

É no mínimo estranho que Salomão recebia anualmente um valor fixo de ouro “666”. Por que não oscilava de ano para ano? Mesmo vindo de várias fontes de arrecadação, há uma precisão sem nenhuma variação nos números. Não há como pensar diferente, caro amigo leitor. Só pode ter alguma simbologia neste número.

Na verdade, o 666 talentos de ouro que Salomão recebia os levou ao topo da subida. Lá ele se apostatou e afastou-se de Deus caindo na idolatria. Seu ouro foi seu deus e a queda foi inevitável. A lógica do Capitalismo segue o mesmo caminho. Estamos no auge, numa subida em que Deus não faz parte dela, mas, a queda se aproxima. 666 Marca da besta é inevitável.

666 Marca da besta

Considerações finais

666 Marca da besta, você é cristão e tem medo? Pois, fique tranquilo, temos vários motivos para não temer. Vamos a eles:

Apocalipse 13 fala sobre uma marca e não um chip. Mesmo que fosse um chip, ele só será implantado pelo anticristo na Grande Tribulação. Cremos que a igreja será arrebatada antes.

O anticristo só terá poder para implantar a marca depois que o Espírito Santo deixar de detê-lo. Confira 2 Tessalonicenses 2:7. Isto só acontecerá depois que a igreja subir. Enquanto estivermos aqui, a igreja também estará e o anticristo nada poderá fazer para nos atingir.

Qualquer chip em uso agora é para o bem da humanidade. Usa-se chip nos cartões de bancos, créditos, celulares, etc. Num mundo globalizado eles possuem grande importância, seja na economia ou na medicina precisamos deles.

A preocupação com a marca é só para quem ficar no momento do arrebatamento. Ai sim! Fuja de qualquer coisa parecida e jamais aceite chip ou qualquer categoria de marca. Não há motivo para ter medo, caro amigo leitor, não é mesmo? Você não tem certeza da sua salvação?

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ADILSON CARDOSO

Adilson Cardoso: Teólogo, Filósofo — Professor de Filosofia, Teologia, Hebraico e Grego.

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