João Hebraico – Grego – ARC

João Hebraico – Grego – ARC. Três versões da Bíblia na mesma página para você pesquisar, comparar e ampliar seus conhecimentos.

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João Hebraico – Grego – ARC + a versão Almeida

O Evangelho de João é um dos livros mais profundos e teológicos do Novo Testamento. Escrito pelo apóstolo João, esse evangelho apresenta Jesus Cristo como o Verbo (Logos), a Luz do mundo e o Filho de Deus. Neste artigo, exploraremos a riqueza teológica do texto com base no hebraico e no grego, comparando também com a tradução da Almeida Revista e Corrigida (ARC), para auxiliar na compreensão de passagens difíceis.

O Princípio do Verbo: A Influência do Hebraico e do Grego

João 1:1 – “No princípio era o Verbo…”

No grego, a palavra usada para “Verbo” é Logos (λόγος), que carrega o significado de razão, pensamento e princípio criador. Esse conceito era familiar tanto para judeus quanto para gregos:

  • Hebraico: No pensamento hebraico, “Davar” (דָּבַר) é a palavra usada para “verbo” ou “palavra”. O Antigo Testamento frequentemente apresenta a Palavra de Deus como algo ativo e criador (Salmo 33:6).
  • Grego: Na filosofia grega, “Logos” era visto como a razão divina que governa o universo.

A escolha do termo “Logos” por João é estratégica: ele conecta tanto a audiência judaica quanto a gentílica, afirmando que Jesus é a manifestação plena de Deus.

Jesus como “Luz do Mundo”

João 8:12 – “Eu sou a luz do mundo…”

A palavra grega para “luz” é Phós (φως), que significa iluminação, verdade e revelação. No Antigo Testamento, a luz está associada à presença de Deus (Êxodo 13:21, Salmo 27:1). Jesus, ao declarar ser a luz do mundo, afirma ser a presença divina que dissipa as trevas espirituais.

A versão ARC traduz essa passagem de forma clara, mantendo a força da declaração de Cristo.

O “Eu Sou” e o Nome Divino

João 8:58 – “Antes que Abraão existisse, Eu Sou.”

Em grego, “Eu Sou” é traduzido como Ego eimi (Ἐγώ εῐμί). Essa expressão ecoa Êxodo 3:14, onde Deus revela Seu nome a Moisés como “Eu Sou o que Sou” (Ehyeh Asher Ehyeh – אֶהְיֵה אֹשֶׁר אֶהְיֵה).

Ao usar essa expressão, Jesus reivindica a divindade, o que gerou a reação violenta dos fariseus, pois compreenderam a implicação: Ele estava se identificando com o próprio Deus.

A Tradução ARC e a Fidelidade ao Texto Original

A Almeida Revista e Corrigida (ARC) é uma das traduções mais fiéis ao Texto Recebido (Textus Receptus) do Novo Testamento. Comparada a outras versões, a ARC preserva termos que mantêm a riqueza teológica, como “Verbo” em João 1:1 e “Eu Sou” em João 8:58.

Conclusão

O Evangelho de João é um tesouro teológico que revela Jesus como o Logos eterno, a Luz do mundo e o próprio Deus encarnado. A compreensão das expressões hebraicas e gregas enriquece nossa interpretação e fortalece nossa fé na divindade de Cristo.


FAQ – Perguntas Frequentes

1. O que significa “Logos” no Evangelho de João?

“Logos” é um termo grego que significa “palavra”, “razão” ou “princípio criador”. João o usa para descrever Jesus como a manifestação da Palavra divina que existia desde o princípio.

2. Qual a diferença entre “Logos” e “Davar”?

“Logos” é a palavra grega usada no Novo Testamento, enquanto “Davar” é o equivalente hebraico no Antigo Testamento. Ambos indicam a Palavra de Deus como algo ativo e criador.

3. Por que Jesus disse “Eu Sou” em João 8:58?

Jesus usou “Eu Sou” para se identificar com o nome divino revelado a Moisés em Êxodo 3:14, afirmando Sua própria divindade.

4. A tradução ARC é fiel ao texto original grego?

Sim, a ARC é baseada no Texto Recebido e busca manter a fidelidade ao significado original das Escrituras.

5. Como a compreensão do hebraico e do grego ajuda na interpretação de João?

O conhecimento dessas línguas revela nuances que podem se perder nas traduções, aprofundando a compreensão do significado teológico do evangelho.

Adilson Cardoso Hebraico

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ADILSON CARDOSO

Adilson Cardoso: Bacharel em Teologia pela FEBS; Teólogo graduado pela Universidade Metodista; Filósofo graduado pela UNICID – Universidade Cidade de São Paulo; graduado em História pela Universidade Cruzeiro do Sul; Estudou Hebraico na eteacher. Professor de teologia, Filosofia, Hebraico e Grego.

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